Férias!
Os portugueses babam-se todos, por estenderem
a toalha tão longe de casa, pensando que a areia da praia bem longe, lhes vai idolatrar
o corpo.
Uns dias bem longe da cidade que durante, o
ano fartam-se de calcorrear. Oferecem-lhe as energias para continuar a
matraquear os caminhos da rotina.
É dar um olhar e, estão os portugueses a
encher o Algarve como o paraíso para a felicidade por uns dias.
Vai-se o subsídio.
Vai-se
os tostões, guardados nos bancos que nada oferecem e a tudo cobram. E no final
nem querem fazer as contas, porque o bronze algarvio, merece o esforço
financeiro despendido.
Adoro o meu povo!
Faz das tripas coração, para viver uns dias
como rei e senhor da terra. E de malas e bagagens, entopem as portagens rumo ao
sul. Como se o sol, só nascesse por essas bandas.
Foram-se os tempos de o Algarve ser uma colónia
balnear dos europeus endinheirados.
Trocar a sua moeda em escudos, era a certeza
de ter férias mais baratas, que uns dias por terras de sua Majestade.
Por isso, permaneciam no Algarve até que o corpo
se manchasse de escuro e da boa vida, se cansasse.
Veio o Euro!
E a maioria fizeram contas à vida e por igual
quantia, rumaram para outras paragens. Deixando o Algarve à mercê dos
portugueses, vindo do norte e centro. Agora recebidos como os salvadores da
economia algarvia.
Entretanto chegam os imigrantes a arrotar
euros (por vezes emprestados) e petulância parolice.
Estacionam as grandes bombas, entupindo os
passeios e de tangas chineses e tatuagens de lojas de garagem. Bebem minis, até
arrotarem o pó armazenado durante meses a fio, a assentar muros das casas dos
ricos europeus. Que pagam balelas, para erguerem os centros comerciais do
futuro.
Por fim regressam com a lágrima no olho e na
esperança dos familiares que cá permanecem. Passado um mês, mandar o máximo do
dinheiro ganho, para fazer face, à dura vida, que este país resolveu já à
longos anos brindar a maioria dos portugueses.
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