sábado, 20 de janeiro de 2018

O Branco tão belo, que a noite escondia de Mim




De Segunda a Sexta, levantava-me ainda de noite e chegava já era noite.
Num turbilhão de subidas e descidas em trincheiras blindadas. De idas e voltas sem fim.
 Longas horas sem parança. E só, a pausa despertava, para o descanso merecido. E muitas vezes esquecido, dado o empenho no trabalho exercido.
Regressava de mochila ao ombro com cores garridas, para me lembrar dos miúdos bem distantes, quando os levava à escola soltando um beijo tão rápido, que quando abria os olhos, já os via bem junto à entrada da sala dizendo-me adeus pelas janela de madeira, carcomida pelo tempo.
 Hoje, levantei-me de noite e por fim cheguei, com dia. Depois de mais uma tarefa comprida, abrigado do frio, apesar de estar rodeado pelas enormes montanhas sem viva alma à vista.
 Abri as portas da varanda e vi?
O branco tão belo, que a noite escondia de mim!
Abri os olhos de alegria.
Como é maravilhoso regressar ao quente do lar e por momentos saborear esta beleza imaculada, que se estende por este país, que solta melodias infinitas. Idolatradas pelos séculos já calcorreados e irão se perlongar pelo caminhar do nosso destino.
Por fim agarro o meu fim-de-semana!
Necessito de descanso do que mais nada.
Apetece-me pisar a neve que já alcança uns bons vinte centímetros e enterrar as botas para sentir o frio na pele dorida pela semana, que só agora terminou!

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