segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Regressei com um amargo Sabor





Por fim, regressei!
Depois de alguns dias, perto dos meus miúdos que fizeram questão de estar comigo, sentindo o carinho desde meninos que o pai lhes dedicou. E hoje bem longe, apressam-se a vir ter comigo, ainda as malas fervilham de imensas saudades.
Carregava imensas sensações para encher os dias perto do meu país, que me obrigou a partir, numa fase de fechar os olhos ao seu povo. Que em muitos anos o iludiu com o novo mundo e a dado momento, o escorraçou para se fazer à vida fora do seu domínio, onde nem a si país, tinha rumo!
Os dias passaram com as motivações a dissiparem-se. Porque a alegria do meu país, continua infelizmente negativa e reflete-se no povo que me aparece.
Só encontrei pessoas resignadas à sua sorte e fechadas no cubículo da rotina diária.
Sem forças para abraçar mesmo por momentos, a alegria de viverem horas felizes. Oferecidas de bandeja, por quem carregava o corpo de saudades efervescentes tão audíveis, que ao longe eram bem evidentes.
Por isso regressei à hora marcada, com um esgar de um ligeiro desânimo. Ansioso para voltar ao meu segundo lar e encontrei intacto o meu canto belo e acolhedor, tão longe do que me viu crescer.
As montanhas saudaram-me, já despidas do manto branco, pelas lágrimas da minha ausência.
A cada metro percorrido era saudado pela beleza do dia.
O sol resolveu felicitar-me e a Natureza oferecia-me toda a sua beleza.
O Inverno por momentos deu lugar à Primavera que ainda demora e cheguei a casa com a porta escancarada. Dando-me as boas vindas, para um novo ano que positivamente se anuncia.
Não faltaram amigos. Não faltaram presentes. Não faltaram motivações de acolhimento.
É por cá que neste momento encontro o meu canto, para falar bem alto e receber como por encanto, a Paz que procuro
Por meses, vou estar em casa!

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