Por fim, regressei!
Depois de alguns dias, perto dos meus miúdos que
fizeram questão de estar comigo, sentindo o carinho desde meninos que o pai
lhes dedicou. E hoje bem longe, apressam-se a vir ter comigo, ainda as malas
fervilham de imensas saudades.
Carregava imensas sensações para encher os
dias perto do meu país, que me obrigou a partir, numa fase de fechar os olhos
ao seu povo. Que em muitos anos o iludiu com o novo mundo e a dado momento, o
escorraçou para se fazer à vida fora do seu domínio, onde nem a si país, tinha
rumo!
Os dias passaram com as motivações a
dissiparem-se. Porque a alegria do meu país, continua infelizmente negativa e
reflete-se no povo que me aparece.
Só encontrei pessoas resignadas à sua sorte e
fechadas no cubículo da rotina diária.
Sem forças para abraçar mesmo por momentos, a
alegria de viverem horas felizes. Oferecidas de bandeja, por quem carregava o
corpo de saudades efervescentes tão audíveis, que ao longe eram bem evidentes.
Por isso regressei à hora marcada, com um
esgar de um ligeiro desânimo. Ansioso para voltar ao meu segundo lar e
encontrei intacto o meu canto belo e acolhedor, tão longe do que me viu
crescer.
As montanhas saudaram-me, já despidas do
manto branco, pelas lágrimas da minha ausência.
A cada metro percorrido era saudado pela
beleza do dia.
O sol resolveu felicitar-me e a Natureza
oferecia-me toda a sua beleza.
O Inverno por momentos deu lugar à Primavera
que ainda demora e cheguei a casa com a porta escancarada. Dando-me as boas
vindas, para um novo ano que positivamente se anuncia.
Não faltaram amigos. Não faltaram presentes. Não
faltaram motivações de acolhimento.
É por cá que neste momento encontro o meu
canto, para falar bem alto e receber como por encanto, a Paz que procuro
Por meses, vou estar em casa!
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