Hoje lembrei-me do meu
afilhado!
Estava a meio do dia do meu
trabalho e ao sair do enorme edifício onde esfolo o corpo, mas com um sorriso
no rosto. Sentei-me no banco de
madeira que rodeia o bar, curtindo o sol maravilhoso na pausa da bucha. Depois de
trinchar duas sandes de presunto.
O sol, não derretia a neve
da véspera. Caiu forte como uma tempestade e obrigou-me a enterrar as botas até
aos joelhos e se não fosse o local onde trabalho abrigado, nem de casa saia.
Faz anos o petiz!
A última vez que o vi, tinha
barba de homem rijo, mas não passa de um menino!
Prometo-lhe que nos vamos
encontrar, mas fica sempre nas promessas e nem vejo o miúdo crescer e tornar-se
um rapagão de barba feita.
Meto o capuz na cabeça para
sossegar o calor do sol, não vá fazer mal a esta cabeça farta de divagações.
E volto a pensar no afilhado!
Será que sou um padrinho
desejado? Ou simplesmente o escolhido, numa altura que era mesmo o indicado?
Deixemos isso para trás das
costas e uma certeza é absoluta!
Ele sabe onde me encontrar. Eu
sempre saberei, guardar-lhe um lugar!
O tempo voou, a hora chegou!
Despedi-me do sol e do dia
belo e magnífico, para voltar ao meu ofício.
Mas levei o puto já
crescido, no meu pensamento.
Parabéns Hugo!
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