Caminhei, caminhei!
Bem junto ao trilho, que sigo as montanhas.
Enormes!
Agora
limpas, da neve imensa que lhes cobriu de branco, autênticas virgens imaculadas
que verdade se diga, nunca amortalharam até hoje, nenhum humano nas suas
entranhas.
Jurei que as ultrapassava, afinal estão
estatísticas.
Acelerava o passo, mas de nada valia. Eram monstros
acastanhados que formam muralhas, em redor das cidades que se acotovelam em seu
redor. As montanhas são infinitas!
Rendi-me à evidência e procurei admirar a sua
beleza.
Vejo trilhos sinuosos, surgindo ingremes até
ao cimo.
Vejo um restaurante no seu peito, obra de
homens destemidos que levam até ao meio do céu, a maravilha de muitos, usufruírem
da beleza infinita.
E ironicamente pensei: Quando fizer anos,
irei lá almoçar com quem poderá lá chegar!
São duas horas de carro pelas costas da
montanha, em terra batida, com a certeza de ter, muito para que os seus olhos
brilhem.
No regresso, caminhei
junto ao rio.
Tanta paz, tanto
silêncio.
Que sentia o coração,
no batimento do meu sossego.
E logo eu, que vinha
do desassossego!
Perto de casa, ainda
fui colocar uma vela na capela que protege quem cá vive.
Acolhendo de portas
abertas, quem por algum tempo cá permanece!
Foram duas horas, de
sol primaveril. E os campos, a abrirem-se no verde, ainda juvenil.
Só o meu cérebro,
vivia mais intenso, que este paraíso!
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