terça-feira, 3 de abril de 2018

O mar como Despedida


Antes de partir fui ver o mar!
Furioso, revoltado. Destruía o que lhe surgia no caminho.
Enrolava a areia na fúria das suas ondas e jogava-a como detritos apodrecidos, de encontro ao betão do paredão.
O céu, negro como as lareiras que ainda salpicavam vestígios da quadra pascal. Assistia à sua fúria com vontade de desafio.
Não tardou em soltar uma tempestade repentina. Surpreendendo os poucos mirones, mais parecendo esquimós escondidos em agasalhos que só se viam os olhos.
Por momentos o céu desafiou o mar!
Fúria com fúria, num cenário apocalíptico que felizmente durou poucos minutos.
Não tardou que o céu se abrisse num azul manchado. E as gaivotas, voltaram em busca do alimento, que de tão raro nestas alturas. As demandam para as povoações vizinhas.

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