quinta-feira, 10 de maio de 2018

As minhas Noites



Adoro as minhas noites!
Noites, com um início ajardinado e um grelhado salpicado de essências naturais.
Regado com molhos tradicionais e aliviado com uns copos de maduro português, que ainda descubro pelas prateleiras das grandes superfícies, que invadem dois países fronteiriços.
Noites tão simples, que elevam a beleza do meu bem-estar.
Mais tarde saio com amigos, vamos ao bar jogar setas e descobrir as setas que se sentam ao balcão, cuscando os recém chegados, na esperança de dois dedos de conversa.
Ganho às setas e festejo com algum entusiasmo.
O ambiente é acolhedor e familiar. As horas passam, mas a noite ainda reserva maravilhas. Por isso despeço-me de alguns e corro para encontrar algo que me encha as medidas.
Entro na barafunda da música!
Os jovens divertem-se e os menos jovens, aguardam sentados que algo surja na noite que promete.
O meu romantismo vem ao de cima, quando os meus olhos encontram mais adrenalina.
Obrigou-me a tentar conquistar e até a exibir-me levemente.
Primeiro discreto. Depois um pouco direto.
Por fim tao perto, que me alegrou maravilhosamente!
Só isso desejei. Só isso consegui!
Ficamos a dois metros na pista.
Aproximei-me, ela percebeu.
Mais um pouco, ela entendeu.
Ficamos a um metro um do outro.
Ficou meia de lado, para não me enfrentar. Eu insisti!
Então ficamos frente a frente. Tão perto, que descobri um sinal minúsculo, que possuía no rosto e o seu olhar deixou-me petrificado.
Nisto vi-me rodeado de loucos de copos vazios, que obrigaram-nos a separar.
Fiquei furioso e de um salto estava no palanque a dançar como um louco.
Apeteceu-me voar para cima daquele molho de humanos meio despidos.
Voltei para a mesa e ela estava bem perto. Ofereceu-me um sorriso, que ainda hoje, o devo ter estampado no olhar.

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