O calor atingia mais de trinta e o desconforto era
notório.
Ainda existiam vestígios de uma noite tão quente, que
me encharcou em líquidos de elevada taxa e me prostrou na poltrona, deixando-me
num ressonar profundo.
Procurar a frescura do lago pelos caminhos trilhados,
tão asseados. Era o despertar, deste corpo desidratado.
O verde, que desponta com a chegada da Primavera.
Maravilha as margens e liberta os males, que afligem o meu corpo.
Os peixes enormes, bu buscam os
cantos onde podem engolir um pouco, das sobras de um lanche, adquirido no bar
quase hippy, da praia fluvial.
Do outro lado, as montanhas guardiãs do equilíbrio
relaxante, no adorno desta beleza deslumbrante. Maravilha ainda mais, este
canto, desenhado pela mão de Deus.
Até um coreto se descobre, neste trilho sem vestígios
de qualquer sujidade, para descansar da caminhada e sonhar acordado.
Sonhar com um toque, um abraço, um carinho que se
encaminha ainda distante. É o que me faz sorrir, enquanto me estendo na relva
do lago, sentindo a Natureza cuidar de mim.
Tanta beleza ao pé da porta.
Tanta paz, a dois passos da porta.
Tanto equilíbrio emocional, depois de bater a porta.
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