domingo, 3 de fevereiro de 2019

Custa-me


Estou só neste quarto quentinho. Já que lá fora está tudo branquinho!
Não para de nevar e mesmo neste quentinho, sinto-me só!
Refugio-me na música e as horas vão passando, para que o dia se vá e traga mais uma semana, encurtando a chegada para abraçar a saudade.
É terrível, é de uma dor que de tão mediana com o tempo, corrói até a alma.
Agora custa-me estar cá!
Agora,  que adquiri a minha liberdade e cimenteia na direcção do amor. Custa-me sentir o silêncio!
Custa-me sentir a madeira ranger do vento agreste e não ter o carinho e o amor da princesa, que povoa o nosso ninho. Agora, sem parte do nosso amor.
Custa-me enfrentar este meu destino ( que é o paraíso, para quem até agora vivia para encontrar a aurora). Já que alcancei o apogeu do bem estar, que Deus me ofereceu!
Claro, que são as lamechices do costume!
Choro com a barriga cheia. Tenho o que meio mundo anseia.
Mesmo longe, tenho uma parte que me realiza.
Perto, tenho o coração em alegria!

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