domingo, 15 de setembro de 2019

Está Longe


Passaram uns dias, depois de dias mergulhado num ninho fofoco!
Dias intensos, cheios de trabalho ardente. Onde terminar era a obrigação bem presente.
Dias de horas intermináveis e o corpo mergulhado num cansaço já esquecido, pelas férias tão presentes.
Dias que só no início da tarde de Sábado, findou para o descanso. Com o corpo mascado de nódoas que a praia resolveu atenuar, nas suas águas milagrosas.
Dias sozinho!
Nem a almofada segredava no ouvido esparrachado, os momentos do presente e os sonhos do futuro. Já que o cansaço deixava libertar o sono tão profundo.
O amor teve uma pausa!
Está longe.
Envidraçado na varanda onde o milho enorme, escondia o percurso dos peregrinos.
E nas jantaradas.
Que soltavam o aroma para levantar o rosto a quem caminhava ao cair da noite, pelo passeio fronteiriço.
E em milhentos kilometros, onde as montanhas tão verdes, oferecem-me de mão beijada o ar tão puro, que limpa os meus pulmões das loucuras que me atrevo a sugar.
Hoje peguei na bicicleta.
Hui, tanto tempo que não pego numa.
E soltei os cabelos já grisalhos ao vento, numa pedalada frenética que me levou bem longe para não me lembrar que ainda à uns dias era embalado pela mordomia do amor.


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