quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cresce………



Vamos ter um governo! Vamos ter uma coligação!
Vamos ter mais do mesmo, apimentado com malaguetas do centro, lançadas por Paulo Portas. Que não descansa enquanto não for primeiro-ministro.
Por agora vai contentar-se com um ministério de relevo, para aparecer diariamente nos ecrãs e nas rádios, porque o homem tem cá uma pedalada vocal, que se for por aí, temos obra para tirar o país da derrocada.
Uma aliança que já não é nova onde o CDS é uma espécie de muleta para que o partido vencedor sem maioria, leve o barco a bom porto. Mas se olharmos para a curta história deste país democrático, não tem dado frutos para que todos possam saborear. As árvores ficam sempre para lá dos altos muros, onde se escondem os barões que tudo sugam.
Portas e Passos que mano a mano. Juntos numa empreitada, supervisionados, pela troica que qual avô, que leva os netos à escola cada um pela mão, entregando-os à entrada, confinados à educadora, que supervisionará os seus comportamentos não os deixando deslizar na tentativa de esbanjar o que até agora é dos outros.
Do Paulo Portas tenho esperança que traga um pouco do interesse nacional para ser o baluarte da governação.
Tem já muita experiência politica e sabe que mais cedo ou mais tarde alguém lhe ia bater à porta para uma união politica patriótica, como acaba de suceder.
Portas, será o primeiro-ministro sombra, para refrescar Passos Coelho de uns anos quentíssimos que o esperam. Onde as medidas impostas por quem empresta a massa, serão as longas noites sem sono, para arranjar solução, na tentativa de remediar as inevitáveis crises sociais.
Portugal não se dá bem com coligações. Ou melhor, Portugal não se dá bem com os políticos que nos governam desde que um cravo vermelho foi o tiro que saiu da metralhadora.
Cresce a abstenção como forma de desilusão.
Cresce a indiferença para com os políticos como forma de os castigar pelo oportunismo em proveito próprio.
Cresce o desespero de quem já não tem esperança, para conseguir um futuro para alimentar a família que se desmorona em muitos casos roçando a tragédia.
Cresce a inflação, cresce a dívida. Cresce a demagogia e a mentira.
Não paramos de crescer, para que o tombo seja mais doloroso.

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