domingo, 12 de fevereiro de 2012

Amar é Descobrir todos os Caminhos


Necessitamos de um toque, ou de um gesto que nos estremeça e nos acaricie o ego, para acreditarmos em nós mesmos, principalmente vindo de quem nos é querido. Só nesse ambiente é que elevamos o nosso poder e ele assim, sim. Brotará como um lírio, mesmo que a Primavera ainda venha longe.
Realmente é uma necessidade, porque não podemos viver sem o abrigo do aconchego ternurento.
Do encosto carinhoso, que aquece o coração, aumentando-lhe as batidas, numa sensação de galopante batimento que quase o transporta para fora da membrana que o protege.
Do enlace infindável, que nos faz percorrer um arrepio electrizante dos pés à cabeça numa bênção faiscante que petrifica por gloriosos momentos.
Esta necessidade é a vida que nos mantém firmes para olharmos o dia nascer como um canteiro de flores, que aos primeiros raios solares enchem de cores, os caminhos que percorremos.
Faltando-nos este bolo com a cereja no seu topo.
 Falta-nos a alegria do sorriso estampado no rosto, dando lugar à compressão dos maxilares e a um aspecto chuchado.
Falta-nos a alegria do sono profundo que relaxa os músculos imensos, que proliferam pelo corpo. Fazendo-nos caminhar sem cansar como penas levados por um simples sopro.
Falta-nos a alegria de ideias frescas como alfaces colhidas de hortas caseiras. Que guiarão o cérebro macio, ao encontro dos objectivos pretendidos para interiorizar as exigências que nos exigem. A cada hora, a cada momento, vezes sem conta.
Realmente é este sumo refrescante que nos faz acreditar. Que o castelo que construímos pedra a pedra, umas mais pesadas do que outras. Mas que todas alinhadas deram um lar robusto e unido como elos de aço. Não abra brechas, porque uma pedra deslocada dará uma outra inclinada e nem com estacas se aguenta se não dermos as mãos numa corrente de energia que nos mantém protegidos numa sincronização perfeita.
   

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