domingo, 21 de agosto de 2016

Numa Semana....




Numa semana deixei de ver o céu e estou a ser empurrado para o inferno!
Domingo. Recebi a notícia que tenho de pagar perto de mil e duzentos euros de IRS (vou matar aquela gente!).
Segunda-feira. As férias que deveriam iniciar-se na quinta-feira, foram esticadas para sexta-feira. Mais um dia, ninguém morreria!
Terça-feira. As férias deveriam ser de três semanas, encurtaram para quinze dias. Que se há-de fazer, o cliente é que manda!
Quarta-feira. Cortaram a luz do apartamento! Um erro de palmatória. Ainda deu para levar para a paródia e deitar cedo, que já não havia memória.
Quinta-feira. Sem luz e, água fria para refrescar a ansiedade das férias que pensamos estarem bem próximas. Passou-se assim a última noite a sonhar de sorriso feito!
Sexta-feira. Ainda sem luz, tudo para o contentor. Mas a certeza de finalmente partir, superava as contrariedades vividas.
Vinte e uma horas, entravamos na França sem medo de terroristas, mas sem contar, que a viatura que nos levou durante quase cinco meses, para o trabalho numa ida e volta de trezentos e noventa quilómetros. Não resistiu e parou num canto da via rápida, já a noite escurecia o céu e a chuva ensopava a pele.
Sábado. Passamos a noite no hotel esperando pelo regresso rapidinho. Por isso fomos ali e logo voltamos. Ainda cientes, que não tardava. Colocar as rodas no asfalto.
Sábado. Podíamos tirar algumas sonecas que só iríamos retomar a marcha pelas três da manhã.
Deu para ainda mandar umas balelas uns aos outros e tentar ir para a cama cedo, porque cedo iríamos partir.
Ainda o domingo não tinha entrado neste recanto francês, lá chegou a notícia de que só pelas nove horas é que desta vez, iríamos deixar este hotel que já aborrecia.
Domingo. Bem cedo nos levantamos para o pequeno- almoço encher o estômago
para uma viagem de dezasseis horas.
O semblante já era de desgaste e poucas palavras eram trocadas.
Mal sabíamos o que nos esperava!
Desta vez a avaria foi em quem nos vinha buscar!
Serão só duas horas e logo arrancamos! Dizem os mais conformados com a adversidade que nos acompanha.
Filhos da puta, chulos, maricas, cornudos…. Berram os desesperados, já não aguentando o telemóvel, sempre a tocar a cada hora, da família ansiosa e por vezes irritante.
Vou colocar o por do sol que me acompanhou por momentos no inicio do dia de sexta-feira, pensando eu, que me oferecia a beleza da certeza de chegar quando eu sabia!
Que mais irá acontecer!!

Sem comentários: