quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Do Virtual à Realidade




Finalmente surgiste, ao pé de mim!
Notei logo a euforia que me surpreendeu.
Palreavas o que te surgia, sem pensares no que por vezes dizias.
Choraste, recordando o teu dia. Bebendo por vezes sem medida.
Repetias sem nexo para te levar a casa, a cada palavra que eu murmurava e que entendias ser ingrata.
A dado momento, calei-me. Para já não ouvir o leva-me a casa que já me enervava.
Insististe numa bebida que ainda poucos conheciam e levei-te a tentar descobrir onde existia.
Fazias o que te apetecia e por fim, ofereceste-me uns carinhos.
Comandavas a noite e gozavas como te apetecia
Bebias cada vez mais e a noite era tua escrava.
Mas não perdias o rumo!
Reinaste por momentos no bar apinhado.
Ninguém te parava! Gozavas como te apetecia
Nisto sentiste que já era demais.
Olhaste para mim e ofereceste-me um bónus, daquilo que te excitava
Envolvi-me na mistela lírica e ofegante do final da noite
Insisti ir mais longe, porque senti que era o que desejávamos
Puro engano!
Nada me irias oferecer. Mesmo no ardente clímax eufórico, das bebidas interruptas.
Foi assim até tua casa!
Bateste a porta do carro e de um salto fugiste. Ouvindo já longe o “Fica bemmmm”, que nos despedia para sempre.
Somei a noite. Somei os momentos
Bebeste, desabafaste, choraste, dançaste
A noite era tua escrava
Eu, partilhei o que sobrava!

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