sábado, 17 de novembro de 2018

Enquanto não surge


O Inverno ameaça queimar o que esgravata do fundo da terra, para sentir a luz do dia.
Enquanto só ameaça, milhões de rebentos e outras vidas que se debatem. Perfuram a terra escura e surgem logo que haja uma nesga de dia.
Poucos rebentos, sedentos de emergir. Abrem-se em asas fictícias e soltam partículas quase invisíveis que enchem o espaço infinito, numa espécie de bolas de sabão coloridas como o arco íris.
É belo! Belíssimo.
É a Natureza a transformar-se no apogeu da luz solar. E na imperiosa necessidade de se tapar do eclipse invernal, que não tarda feroz. Escondendo na sua densa carapaça como muralha impenetrável as enormes montanhas, que rodeiam a entrada do meu dia a dia.
Um dia, outro mais e o Inverno bate à porta e fustiga as janelas, dando as boas vindas a quem deseja que ele só devia permanecer, no cume das altas montanhas.
Deixando a cada metro que descesse,(e são centenas), vislumbrar um raio de luz, para que chegando ao seu inicio. Sentisse o calor de um sol maravilhoso. 

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