domingo, 17 de março de 2019

Dou


Adoro a minha vida!
Um aeromilhoes de adrenalina, que por vezes me obriga a excessos escusados. Que atenuo com a procura do alívio nas entranhas da floresta que esconde imensos mistérios.
Dou valor ao mais ínfimo pormenor de vida.
Dou a emoção bem empregue, numa beleza que arrepia o meu corpo, quando se cruza enquanto atenuo o esforço.
Sorrio para o brotar de vida, mesmo nas frinchas do betão introduzido, admirando a força necessária, que um simples rebento arranjou num minúsculo espaço, o esvoaçar do seu crescimento.
Olho através da janela de traves em madeira, a oferta em quantidades impensáveis que a Natureza me oferece, sem entraves que a abrace!
E Inspiro toda esta Paz!
Agora que o Inverno se aproxima do fim, ainda as aves não terminaram a migração.
Os insectos ainda não iclodiram dos favos.
E as pessoas teimam em não enfrentarem o que ainda esfria.
Sou o primeiro a ter a primazia, de me sentir a mim próprio!
Grito para que o meu eco se faça ouvir, do outro lado da margem.
Projecto a minha sombra na água límpida do lago, para que os peixes se apercebam que serei brevemente, um corpo bem próximo deles, no seu habitat.
Estilhaço os ramos secos das árvores com os meus passos. Que a neve pesada fez tombar, enquanto caminho no encruzilhado de raízes, que se soltam pela terra que desce a encosta, em direcção à estrada que me vai levar a casa.

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