domingo, 3 de julho de 2011

Barcelos E a Moda


A Moda Barcelos leva à prática o que de melhor os designers e os lojistas, cá da nossa terra criam dentro dos gabinetes, para serem a montra das suas colecções. E durante dois dias o hall de entrada do edifício camarário foi o centro de toda a adrenalina que a moda Barcelos transpira todos os anos por esta altura.
Não faltaram as figuras públicas cá da terrinha num espaço gigante em forma de U, que acomodados nos seus devidos lugares, eram os cicerones principais.
Mas a passarele, pertencia aos modelos e eram eles que transportando as colecções naqueles vistosos corpos frágeis demais, devido ainda à pouca idade, sugavam os milhares de olhares de uma plateia que encheu todos os lugares, mas onde se podia introduzir mais um corpo.
Uma delas distinguia-se de todas as outras!
Alta como o céu como convêm a uma modelo.
Elegante como uma estrela numa noite fresca que ficará na sua memória.
Linda como a mãe, que juntas, arrebatam corações. Uns já experientes pela vida, outros na flor de uma nova geração.
No começo um sorriso tímido, mas com o decorrer do fantástico desfile, aberto. Realçando pureza estonteante e leve como todo o seu corpo, que sensibilizou quem não tirava os olhos desta beleza.
Éramos poucos juntos!
Mas muitos mais, pelas bancadas fora. Aguardando ansiosamente que pela porta dos Paços do Conselho, surgisse aquela garota ainda na idade do chupa-chupa. A desfilar os vestidos, os casacos, as saias, os biquínis. Eu sei lá tanta roupa, que já nem sei recordar as cores. E não nos contínhamos, logo surgindo uns gritos histéricos lançados como uma força incontida, para dar mais energia à miúda que enchia a passarele em forma de cruz inclinada, num passo ritmado, onde os flashes e os holofotes tomavam lugar como guias num percurso que a elevavam ao cimo das estrelas.
O momento alto ainda era aguardado e nem a brisa fresca era motivo para resguardar as emoções. Quando a colecção do convidado especial Pedro Pedro, salta para a passarele num vai e vem de jovens que deixavam os outros jovens nas bancadas de olhos em bico. E outra vez a minha querida não uma, mas duas, é admirada num passo admirável, pela passadeira da fama local, numa emoção sem par.
Herdou o nome da mãe e a altura que Deus lhe quer dar.
A beleza de uma mistura de dois seres e a inteligência da harmonia do dia-a-dia.
Ainda não está com os pés na terra. Mas sabe que tudo é efémero.
Para o ano lá estará, mais forte e mais convencida de que vai fazer o que realmente gosta. Pelo meio terá mais oportunidades e quem sabe se não teremos uma modelo por agora como hobby, esperando que alguém entendido na matéria a descubra e de um diamante puro, a transforme numa menina de valiosos quilates.

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