quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O Sol e o Jardim da Madeira

O sol brinda-nos aquecendo os encostos onde nos amparamos e ilumina os rostos ainda vincados com as recentes chuvas.
O dia nasceu lindo, quente. A convidar, um abrir de par em par as janelas das nossas casas, deixando os seus raios entrar como convidado especial.
Já se deslumbra os primeiros reflexos natalícios que embelezam um pouco as lojas comerciais. Talvez com o intuito de chutar a crise e alegrar quem lá permanece, na esperança de vender. E quem passa, na tentativa de dar o passo em frente para entrar e comprar.
Por falar no Natal!
Soubemos que para lá do atlântico, na nossa pérola Madeira, o Natal vai ser comemorado em grande. E só em iluminação vai-se gastar uma pipa de massa.
Paga português do continente!
Este jardim já gasto, a viver numa terra saturada. Só a revolve e lhe dá os nutrientes com rios de dinheiro vindos dos nossos bolsos. Assim embeleza a sua ilha a abarrotar de estrangeiros de meia-idade, prontos a apanhar sol nos costados e a satisfazer os caprichos exóticos, junto do que a prata da casa oferece e é em abundância.
E continua a agrupar o rebanho à sua volta que faz dele o Deus na terra, dado que tudo resolve e tudo consegue. Mesmo que a dívida suba os degraus do Bom Jesus cá do continente.
Jardim só há um! Faça sol, faça chuva.
O homem gasta o que é dos ilhéus e o que os galegos cá deste cantinho à beira-mar vão pagar.
Embeleza a ilha, já de si linda de morrer.
 Dá boa vida aos amigos que lhe forram as costas, sempre prontos a bater palmas a cada frase pronunciada.
Goza com os apologistas do seu partido na contenção, porque o tempo é de vacas magras.
E está se cagando para os inimigos que tentam deitar a cabeça de fora.
Perante tudo isto leva a água com fartura ao seu moinho, por entre bombos de festa e bailaricos da Madeira.
À grande homem que vais ficar na história, por tudo o que fizeste erguer durante a tua já basta vida em prol da ilha e não só!


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