domingo, 13 de novembro de 2011

O Domingo do Basquete








Domingo, sem sol, sem calor, mas com rastilhos de amor.
Encontrei o caminho. Só me falta implementar o asfalto que me levará à conquista dos objectivos pretendidos.
A manhã começa rodeada de conforto amoroso, saído do aconchego calorento, do edredão ardente.
Mas o dia está tristonho, chovendo a cada momento e mais vale voltar para casa. Preparar o almoço com os putos, já que o mais novo tem jogo e a nossa presença é o estímulo para uma grande jogatana.
O mais velho ainda dorme, não tem emenda! Fica embrenhado no raio do computador até às tantas e para se levantar é preciso uma grua.
É uma guerra que se mantem desde que foi para a faculdade!
A garota pode dormir um pouco, já que durante a semana é a faz quase tudo para auxiliar quem trabalha.
O tal que vai jogar, está no relaxe. Como vai ter jogo, tem que descansar o máximo que pode e o computador e a televisão, ajudam-no a passar o tempo.
Por fim termina o almoço num ambiente cordial e cada um, parte para as suas tarefas caseiras.
Chega a hora do jogo e lá está o puto fazendo parte do cinco inicial e a todo gás chega ao cesto e…. Oh, quase entra. No momento que quem entrou fomos nós.
Repara em nós e sinto que temos uma grande jogatana!
O desnível perante o adversário é enorme, principalmente na estatura. E isso reflecte-se no marcador. Que avança como um comboio, esperando o aproximar da estação, para que possa resfriar tamanha velocidade.
Já são trinta pontos só no segundo período e o semblante dos miúdos não é o melhor.
Inicia-se o terceiro período e o mister aposta nos melhores e o Du, lá está cheio de peito, para recuperar o moral e com isso partir para uma exibição que me encheu de orgulho e aproximou um resultado que ameaçava destruir a alegria nos pais presentes.
Dez minutos de gloria com um resultado de 20/6, onde o Du marcou doze pontos e jogou como os melhores da NBA.
Perderam, é certo! Os outros eram melhores, principalmente a nível de plantel. Mas o puto ficou radiante com o seu comportamento.
É fantástico ver o garoto feliz! E mais ainda quando tem cá em casa dois amigos, do basquetebol que por entre gargalhadas se divertem, naquela fase dos doze anos, tão bela e tão pura.

Como estou aqui a escrever e não ajudo na preparação do jantar, vou levar com as favas se não me despacho o mais rápido possível.
Claro que o domingo vai terminar da melhor maneira e sei encontrar o caminho em direcção ao carinho, por isso vou já a caminho da cozinha, para ajudar no jantar para os convidados miúdos, que o rapaz bem merece já que tem tido um comportamento a todos os níveis exemplar.

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