A tarde
está cheia de sol num país que já se revestia de mantas quentes para receber o
inverno.
O sol
é o esplendor da vida!
Depois
de uma semana dura mais psicológica do que física, nada melhor que espalmar
este corpo no relvado verdejante do lago enorme a abarrotar de famílias inteiras,
admiradas com este sol, que aquece o mais frio dos corações.
O tempo
passa nestas andanças por cá e como a rotina já balança na minha mente, o
importante agora é assimilar os conhecimentos para não se cometer os erros que
já não são tao tolerantes.
As notícias,
vindas do país que me viu nascer e me fez fugir dele, dado que virou as costas à maioria da população. Não são nada abonatórias, bem pelo contrário o que me
revolta imenso e me deixa com um rancor aos políticos desprezíveis que governam
(e governaram) o nosso belo país cheio de sol, praias maravilhosas e montanhas
tao alegremente escaladas.
Enquanto
isso vou andando pelo meio dos calmeirões e calmeironas alemãs. Que nos vêm
como os desgraçados que trabalham para eles, mas que no fundo, até são boas
pessoas.
Ontem por
causa desta língua ingrata, difícil como o raio, ia metendo o pé na poça e lá
se ia um punhado de euros, tao difíceis de ganhar.
Divertia-me
depois da semana e também para afugentar as saudades.
O bar estava
cheio!
Mulheres para
todos os gostos sem complexos e até um pouco espampanantes para uma mentalidade
ainda a adaptar-se a novos costumes.
Uma estava de calções de couro e um top de
couro. Alta, como são a maioria das alemãs, Cabelo loiro pintado curtíssimo e
branca dos pés á cabeça. Dentro daquelas miseres tangas de couro.
Divorciadas
e agarradas umas às outras deixando suspeitas, que ao longo da noite se
confirmaram.
Outras,
deixam o marido em casa amparados por grades de cervejas e vão curtir a noite
ao bar próximo que encontram.
Outras mais,
com os namorados e na pista a roçar o corpo em quem lhes agrada e não se passa
nada.
Mentalidades,
mentalidades!
A dada
altura o DJ, estava a leiloar uma bandeja de taças de champagne e eu não sabia
porque nada entendia e via gente a levantar o braço e pensava que era para dar
mais emoção na pista (estamos fora do nosso meio e seja o que Deus quiser).
Então
levantei o braço ao mesmo tempo que pedia ao meu colega que traduzisse ele sabe
bem alemão, foi a minha sorte!
Nisto o DJ,
aponta para mim e logo o meu colega diz: pára pá, atenção que estás a leiloar o
champagne e já vai nos 30 euros!
Eu logo fiz
sinal ao DJ, que não e ele compreendeu (foi a minha sorte) e alguém rematou
aquilo, quem tinha licitado antes de mim.
São histórias
que se vão acumulando enquanto eu sinto a arte a entrar no corpo. E a distância
em estar com quem mais quero, a diminuir a cada semana que se risca no
calendário cá do sítio. Cheio de anotações, que mais se assemelha a uns enormes
sarrabiscos feitos pelas crianças das nossas creches.
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