quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Uns choram ao narrar as Histórias



Somos cinco, num sábado já a noite vai nos brindando com o domingo, dia de descanso para carregar as baterias para mais uma semana.
 Mas enquanto ele ainda dorme com a noite agradável deste sábado, nós dirigimo-nos ao bar aqui bem perto, para divertimo-nos um pouco e beber umas cervejolas, como os alemães gostam de o fazer.
Cada um tem o seu carisma e vive as sensações em redor do ambiente que o bar oferece como lhe dá na gana. E claro, cerveja logo de entrada e shots pelo meio, passadas duas horas, os olhos começam a brilhar e as luzes a serem mais intensas.
Claro um pé de dança é sempre um dos motivos que nos leva, a estes locais e quando a pista se enche de mulheres, então o entusiasmo aumenta e os níveis de adrenalina sobem para um nível, que acompanha a bebida já ingerida.
Uns são ainda novos e por isso, ainda estão na expectativa.
Outros, já levam uns anos desta luta diária e aproveitam estas saídas, para descarregar: as angústias, o stress acumulado e as saudades de quem está longe. E nada melhor que beber até dizer chega!
E como para eles a noite é sempre uma criança, a hora de chegar será sempre depois de passar o ultimo padeiro.
Dança-se, canta-se, pede-se a musica preferida ao Dj, e lá estamos todos por nossa conta e a pista ao nosso dispor.
Um sobe ao pedestal do bar e inicia um strep de arreguilar os olhos às mulheres, que incitam o colega com gritinhos e piropos.
Desce a calça de ganga, num ritmo suave, dando ao corpo movimentos ondulados que entusiasmam cada vez mais os presentes.
Fico pasmado com tamanho descaramento e incentivo o colega a continuar com tamanha façanha.
Mostra o slip, dobrando-o para que os presentes apanhem um pouco da sua intimidade.
Ponho-me do lado dele, uns degraus mais abaixo e dou-lhe mais incentivo.
Português é bravo e logo fora do país ninguém o segura.
 E pronto!
Foi-se o strip e um hoooooooooo, ouviu-se pelo bar fora. Toca a parar não vá o diabo tecê-las e irmos borda fora.
É espantoso como as pessoas se transformam quando bebem uns copos. São bons trabalhadores, são homens com responsabilidades.
São senhores do seu nariz e que ninguém os contradiga. Mas com umas horas de canecas bem amarelinhas e logo na terra onde ela é rainha. O verniz estala e bem ao de cima, o descarregar do saco cheio.
Uns choram ao narrar as histórias de longos anos passados fora.
Outros mudam de carisma e ficam com vontade de se porem nus à vista de todos. Mas neste caso verdade se diga que o homem tinha mesmo pinta para a proeza.
Os restantes, ainda verdes nestas andanças, deixam-se embalar pelo ambiente e quando acordam é uma azia de caixão à cova.
E chega o Domingo, para descansar e por o sono em dia.







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