Somos
cinco, num sábado já a noite vai nos brindando com o domingo, dia de descanso
para carregar as baterias para mais uma semana.
Mas enquanto ele ainda dorme com a noite
agradável deste sábado, nós dirigimo-nos ao bar aqui bem perto, para
divertimo-nos um pouco e beber umas cervejolas, como os alemães gostam de o fazer.
Cada
um tem o seu carisma e vive as sensações em redor do ambiente que o bar oferece
como lhe dá na gana. E claro, cerveja logo de entrada e shots pelo meio,
passadas duas horas, os olhos começam a brilhar e as luzes a serem mais
intensas.
Claro
um pé de dança é sempre um dos motivos que nos leva, a estes locais e quando a
pista se enche de mulheres, então o entusiasmo aumenta e os níveis de
adrenalina sobem para um nível, que acompanha a bebida já ingerida.
Uns
são ainda novos e por isso, ainda estão na expectativa.
Outros,
já levam uns anos desta luta diária e aproveitam estas saídas, para descarregar:
as angústias, o stress acumulado e as saudades de quem está longe. E nada
melhor que beber até dizer chega!
E como
para eles a noite é sempre uma criança, a hora de chegar será sempre depois de
passar o ultimo padeiro.
Dança-se,
canta-se, pede-se a musica preferida ao Dj, e lá estamos todos por nossa conta e
a pista ao nosso dispor.
Um sobe
ao pedestal do bar e inicia um strep de arreguilar os olhos às mulheres, que
incitam o colega com gritinhos e piropos.
Desce a
calça de ganga, num ritmo suave, dando ao corpo movimentos ondulados que
entusiasmam cada vez mais os presentes.
Fico pasmado
com tamanho descaramento e incentivo o colega a continuar com tamanha façanha.
Mostra
o slip, dobrando-o para que os presentes apanhem um pouco da sua intimidade.
Ponho-me
do lado dele, uns degraus mais abaixo e dou-lhe mais incentivo.
Português
é bravo e logo fora do país ninguém o segura.
E pronto!
Foi-se
o strip e um hoooooooooo, ouviu-se pelo bar fora. Toca a parar não vá o diabo tecê-las
e irmos borda fora.
É espantoso
como as pessoas se transformam quando bebem uns copos. São bons trabalhadores, são
homens com responsabilidades.
São senhores
do seu nariz e que ninguém os contradiga. Mas com umas horas de canecas bem
amarelinhas e logo na terra onde ela é rainha. O verniz estala e bem ao de
cima, o descarregar do saco cheio.
Uns choram
ao narrar as histórias de longos anos passados fora.
Outros
mudam de carisma e ficam com vontade de se porem nus à vista de todos. Mas neste
caso verdade se diga que o homem tinha mesmo pinta para a proeza.
Os
restantes, ainda verdes nestas andanças, deixam-se embalar pelo ambiente e
quando acordam é uma azia de caixão à cova.
E
chega o Domingo, para descansar e por o sono em dia.
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