Temos
aquilo que merecemos!
Um
extraordinário slogan para definir, situações em que nos vemos envolvidos.
E nada
melhor que o utilizar nesta situação que atravessamos, que a cada dia que passa,
envia famílias inteiras, para a desgraça. E abre um fosso enorme entre pobres e
ricos, que se pensava estar a diminuir.
Será
que temos aquilo que merecemos?
Lembro-me
de quando iniciei a minha actividade profissional ainda um garoto. O que me
fascinava, era a luta que se travava para conseguirmos mais regalias sociais e
tudo que envolvia aumentos salariais.
E como
as greves estavam na moda, ameaças de elas se concretizar levavam os patrões
sempre a negociar e os acordos eram alcançados, com consenso em redor das duas
partes.
Foi
uma fase de lutas nos vários sectores como: a têxtil, o calçado, a metalurgia,
a construção civil e progressivamente os portugueses foram conquistando
relevantes regalias, que se materializaram em melhorar a sua qualidade de vida.
Esse
espirito foi-se perdendo, por varias razoes entre elas destaco, a perda de
solidariedade entre os trabalhadores e hoje tudo se foi!
Esperamos
pelas vacas gordas, que são sempre passageiras e logo um bom boi de nome Sócrates,
durante os primeiros anos, deu-nos as mãos cheias de mel que nos adocicou os
prazeres da vida e toca a gozá-los à grande e à francesa.
Nos
últimos anos da sua governação o mesmo boi Sócrates, trocou o mel pelo fel e ao
esfregarmos as mãos, sentimos um mau cheiro que se tornou tão desagradável que
se impregnou nas nossas mentes, levando-nos os empregos, a união familiar e
fez-nos ombrear com o pessimismo.
E como
já é apanágio dos seres humanos. Veio a vingança e toca a arrumar o Sócrates,
sem apelo nem agravo e oferecer de bandeja a maioria aos mentirosos que hoje se
sabe mentiram com todos os dentes que aquelas balofas bocas têm, postiços ou não.
E o resultado é a desgraça, a desagregação familiar e no pior dos casos até à
morte.
Será
que merecemos este dramático cenário que assombra, sem solução à vista um país tão pequeno e nós portugueses iremos deixar que meia dúzia de rufias, nos
levassem à bancarrota e estejam escondidos a apanhar sol e a bronzear-se com os
milhões que nos roubaram, num abrir e fechar de olhos.
Precisamos
de outra primavera, que aqueça os corações e os faça bombear todo o sangue para
cima desses aldrabões, mesmo que das armas saiam balas mortíferas em vez dos
cravos da revolução.
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