Ele só queria aproveitar as poucas horas que
permanecia no seu país para sentir o palpitar do coração ao ver a sua joia.
Corria como um tolinho logo que chegava,
depois de quase sete horas de viagem. Para os braços da Julieta sua amada.
Nada mais interessava do que galgar os vinte
e tal quilómetros, rumo ao consolo de um sorriso e ao descanso de um coração.
Engolia o jantar preparado pela mãe já gasta
pelos anos (e muitos), passados a fazer sempre de tudo. Para numa enfiada
aparecer na casa da namorada.
E nessa noite tudo se repetiu, só com uma
enorme carga de ansiedade: iria ser a última durante longos dias. Muitos mais
do que até agora eram suportados.
Apareceu quase de surpresa já, que o alongar
da distância que iriam permanecer bem longe de cada alma. Tinha deixado na
véspera enormes desconfianças.
Ela ali estava, vestida como andava na lida
da casa!
Que maravilha de mulher!
Bem mais bela (já de si belíssima), do que
aparecia diante dos meus olhos, aperaltada e soltando levemente o aroma do perfume
francês.
Aqui, soltava o aroma da tarde que o trabalho
a obrigava.
Olhou-a vezes sem conta.
Confessou-lhe que era mais bela assim,
deixando vestígios de andar pelo jardim, que lhe adocicava o rosto e polvilhava
a roupa, com pequeníssimos salpicos de arvoredo.
E foi junto ao arvoredo que se deu a mágica
noite que perdurará no tempo.
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