sexta-feira, 24 de abril de 2015

Terceiro fim-de-semana



Terceiro fim-de-semana longe da minha praia!
Saí do ninho mofo e percorro quilómetros sem fim, para descobrir o prazer da fuga á rotina infernal.
Neste tempo que já levo em terras da tia Merkel, um pouco de tudo já me aconteceu.
Porta arrombada pela chave esquecida em casa.
Uma só chave e claro alguém, pensando que outro alguém, levava a chave. Bateu com a porta e porta arrombada.
 Vizinhos ameaçando com o barulho do berbequim e mil desculpas para apaziguar os ânimos.
Frigorífico como por obra e graça do diabo, resolveu avariar numa altura que fizemos as compras para toda a semana.
Meu Deus tanta carne descongelada!
Até altas horas da noite tratar de assar, estufar e cozer. Para conseguir que pouco se perdesse. Valeu-nos a parte de cima que por milagre continuava a refrescar as bebidas.
Foi aí que se atafulhou a comida.
O Porto ganhou ao Bayer, numa jogatana de baixar a crista a alemães arrogantes. E logo pela manhã, levaram com os nossos piropos, até dizer chega.
Foi sol de pouca dura!
 Uma semana depois, cabisbaixos e envergonhados, tornamo-nos imensamente pequeninos.
Mas mal chegamos, toca a arregaçar as mangas e o trabalho ganhou asas. De tal modo que alemães satisfeitos com a gente, já tem outra obra em mente, para não nos deixarem sair daqui por muito tempo.
Mas seis marmanjos juntos é um cabo de trabalhos!
Por agora ainda é só sorrisos. As saudades ainda estão longe de apertar o coração.
Tudo é novidade. Tudo ainda é de admirar.
Tudo se releva, as mãos estão sempre abertas.
Vou ver o que o tempo me reserva!

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