Terceiro fim-de-semana longe da minha praia!
Saí do ninho mofo e percorro quilómetros sem
fim, para descobrir o prazer da fuga á rotina infernal.
Neste tempo que já levo em terras da tia Merkel,
um pouco de tudo já me aconteceu.
Porta arrombada pela chave esquecida em casa.
Uma só chave e claro alguém, pensando que
outro alguém, levava a chave. Bateu com a porta e porta arrombada.
Vizinhos ameaçando com o barulho do berbequim
e mil desculpas para apaziguar os ânimos.
Frigorífico como por obra e graça do diabo,
resolveu avariar numa altura que fizemos as compras para toda a semana.
Meu Deus tanta carne descongelada!
Até altas horas da noite tratar de assar, estufar
e cozer. Para conseguir que pouco se perdesse. Valeu-nos a parte de cima que
por milagre continuava a refrescar as bebidas.
Foi aí que se atafulhou a comida.
O Porto ganhou ao Bayer, numa jogatana de
baixar a crista a alemães arrogantes. E logo pela manhã, levaram com os nossos
piropos, até dizer chega.
Foi sol de pouca dura!
Uma semana
depois, cabisbaixos e envergonhados, tornamo-nos imensamente pequeninos.
Mas mal chegamos, toca a arregaçar as mangas
e o trabalho ganhou asas. De tal modo que alemães satisfeitos com a gente, já
tem outra obra em mente, para não nos deixarem sair daqui por muito tempo.
Mas seis marmanjos juntos é um cabo de
trabalhos!
Por agora ainda é só sorrisos. As saudades
ainda estão longe de apertar o coração.
Tudo é novidade. Tudo ainda é de admirar.
Tudo se releva, as mãos estão sempre abertas.
Vou ver o que o tempo me reserva!
Sem comentários:
Enviar um comentário