Fria manhã. Sete graus bem frescos, numa sexta-feira,
esperando pelo atendimento, para fixar-me nesta cidade.
Voltei ao país dos ricos, que acolhem os
desamparados, sem soluções de vida nos países de origem.
Deixei tudo para trás, aceitando uma proposta
mais risonha para dar continuidade á minha história.
O que deixei, só eram migalhas de um passado de
botas de brilho já demasiadamente polidas, mas constantemente a esborrachá-las
contra a calçada, cada vez que se elevava.
O que levo? Momentos tão presentes que me
transportam constantemente para bem perto dum jardim, que se abria em rebentos primaveris,
logo que colocava a mão para pedir um carinho.
Volto para descansar e poder estar algum
tempo com os meus botões. E a cada desabafo com eles subirei a escala. E como são
cinco saberei que no dia seguinte chegou o fim-de-semana, para falar de amor no
aconchego da almofada.
E o primeiro aí está!
Vamos a ver se de longe ele me chegará.
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