sábado, 11 de abril de 2015

Se de longe ele me Chegará




Fria manhã. Sete graus bem frescos, numa sexta-feira, esperando pelo atendimento, para fixar-me nesta cidade.
Voltei ao país dos ricos, que acolhem os desamparados, sem soluções de vida nos países de origem.
Deixei tudo para trás, aceitando uma proposta mais risonha para dar continuidade á minha história.
O que deixei, só eram migalhas de um passado de botas de brilho já demasiadamente polidas, mas constantemente a esborrachá-las contra a calçada, cada vez que se elevava.
O que levo? Momentos tão presentes que me transportam constantemente para bem perto dum jardim, que se abria em rebentos primaveris, logo que colocava a mão para pedir um carinho.
Volto para descansar e poder estar algum tempo com os meus botões. E a cada desabafo com eles subirei a escala. E como são cinco saberei que no dia seguinte chegou o fim-de-semana, para falar de amor no aconchego da almofada.
E o primeiro aí está!
Vamos a ver se de longe ele me chegará.

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