domingo, 4 de junho de 2017

E ainda dizem que o maluco sou Eu




Existem momentos que não se apagam!
Apagam-se as relações, desaparece o dia-a-dia a viver uma pessoa. Mas os momentos?
Esses ficam guardados na eternidade da minha vida.
As pessoas vão!
 Outras surgem!
 E a adrenalina mantêm-se, para ajudar ao frenesim laboral.
Entretanto os dias passam. E o trabalho é de Segunda a Sábado.
Só me resta a noite de Sábado para Domingo, para desanuviar o corrupio diário e por vezes encontro cada maluca.
A noite é propícia à maluquice e beber é o desaguar das amarguras da vida e emborcar uns shots e umas vodkas. É como o diabo esfregar um olho.
Mulheres bebem como os animais e depois ninguém as atura!
Aparecem naquelas vestimentas tradicionais. Com decotes de arreguilar os olhos e passadas umas horas, trocam-me os olhos e é uma correria para o bar.
Entre duas danças de envolver os braços pela cabeça e acabar encostados um ao outro. A sede aperta, para afugentar o desejo e toca a emborcar o relaxamento.
No findar da noite fico à espera do nada!
Gritam desalmadas se lhes tento tocar, mesmo para as amparar num cambalear pelo asfalto. Já com o dia a iluminar os socalcos para não a deixar esborrachar-se num pranto.
Eu regresso a casa deixando um pastel amortalhado, onde a nata cedo se extinguiu, numa noite que só convidou ao afugentar, de dias seguidos desgastantes. E pelo caminho só encontro o gado a pastar.
E ainda dizem que o maluco sou eu!

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