Refugio-me nos vícios diários, para fazer frente à
ansiedade constante!
Já carrego muitos dias longe de um abraço, de uma
conversa com tons de graciosidade, de um encosto intimo para oscilar o coração.
E sei!
E como sei, que ainda mais dias, carregarei. Até
chegar a hora de embarcar, rumo ao cantinho onde vivi, a fungar sonhos e
lirismos.
E sei, que nos poucos dias que lá permanecerei, vou
querer tão pouco, que até medo tenho, de ver fugir esse pouco.
Enquanto aguardo a minha “fuga”, para alguns dias sem
horários e horas a fio a trilhar uma rotina que é o pão nosso de cada dia.
Observo a noite a descer de mansinho, cobrindo as
montanhas de um manto negro e encostado ao meu canto, de uma casa rodeada de
vasos coloridos. Ouço música de uma radio local tão tradicional, que alegra a
solidão da minha hospedaria.
Já todos se recolheram.
O cansaço de longos dias é notório e o silêncio é rei
e senhor, de um local onde as aves, deixaram de se ouvir e aguardam nos ninhos
aquecendo os filhotes. Até que o dia nasça de novo e, voltem com o chilrear
admirável, lembrar-me que está na hora para voltar, para, onde horas antes
derreado regressei.
Mas vou sonhar!
Sonhar com o dia do regresso (acho que sonho todos os
dias) e, ter a certeza que: a praia me aguarda.
A nossa comida me agrada.
E os momentos, esses, serão novamente carinhosamente
repetidos.
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