Caminhava de regresso a casa, já a tarde
avançava e a chuva ameaçava. Depois de uma tarde a desgastar a noite longa
e viciante, para mais uma semana dura, mas com uma entrega apetecida.
Percorria os caminhos da ciclovia, bem junto
à linha férrea para mais rápido chegar, antes que a chuva me apanhasse.
Levantou-se um vento fresco que aliado à
temperatura amena, oferecia um final de dia agradável.
Já ninguém caminhava pelo caminho estreito e
só nós dois, em passo apressado, diminuíamos a distância que nos separava de
casa.
Nisto, reparo em um. Não dois…..Hui, pá! São dezenas
de caracóis enormes, que emergem pela erva acabada de aparar nos canteiros da
ribeira.
Em quinhentos metros, centenas de caracóis, vão
sugar os caules das plantas ainda tão frescas, de serem aparadas pela mão do
homem.
Eles acasalam, eles atropelam-se, eles
multiplicam-se!
Que beleza, este enorme amontoado de caracóis
enormes, pintando o verde da Natureza, como as estrelas salpicam o céu.
Por aqui a Natureza renova-se, na multiplicação
das espécies.
É tudo farto.
É tudo em abundância.
É tudo protegido pela consciência humana!
Sem comentários:
Enviar um comentário