A dada altura perguntaram-me, sabendo da longa ausência:
se estava com ciúmes de estar fora, sem presenciar o que se passa dentro de um
país a abarrotar de possíveis fragilidades emocionais.
Respondi, com o pensamento que transporto, na já curta
distância que me separa do regresso a casa.
- A beleza do ciúme está na atitude!
Porque aparece
na ansiedade do desejo.
No primeiro olhar que se deslumbra ao aterrar de quem
nos espera. E, com que vontade nos deseja.
Se assim não for, a adrenalina do momento depois de
tanto tempo, perder-se-á, para o resto dos dias que por aí pernoitar.
Eu vivo o
momento que anseio!
Se isso não suceder, não quererei estar contigo!
Porque no dia seguinte, ou no dia a seguir ao seguinte.
Perderá a beleza do momento que descrevi.
Serão praticamente cinco meses fartos de emoções iniciadas
bem longe, que nos deixou bem pertinho das nossas palpitações.
E em alguns deles, partilhamos uma intimidade, que nem
mil palavras descrevem a imagem projectada.
Cinco meses onde se armazenou uma ansiedade de
descobrir, até que ponto
mexeu connosco. A expectativa de te ver, logo ao pisar
solo português.
Não há mais desculpas!
Se como dizes, “ apenas quero seguir o meu rumo sem
compromissos”.
Os dias seguintes serão, rumando cada um para, o seu
destino!
Acredito que não!
Sou um convencido, pela natureza da minha pureza.
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