Penso nos meus recentes momentos!
Agitados,
envolventes.
Por vezes violentos. E um nadinha, de lágrima
no olho.
São eles, que nas poucas horas que termino a
rotina laboral. Me agitam e me afastam da morbidez, de permanecer, enlaçado em
conversas cansativas e desnortes com consequências imprevisíveis.
Agasalho-me no meu canto e recolho esses
momentos, para me tentar manter activo no presente. E não me deixar abater pelo
cansaço, de estar tanto tempo ausente.
Ainda agora, que cheguei mais cedo do que o
habitual. Encostei-me à almofada e num segundo peguei num sono derreado. E uma
hora depois, num salto pensei: Porra, já de novo para o trabalho?
Mas ainda tinha umas horas para recuperar do
esforço e tentar procurar consolo, nos momentos que por vezes me dão um
brilhito nos olhos.
Preparei o jantar, bebi um branco com aroma
perfumado e fui agraciado com um café e um gole de whisky escocês (levado à
mesa onde escrevo o que me vai na alma), pelo único amigo que encontrei nesta
dura etapa da minha vida.
Como dormitei uma sesta, o sono não aparece e
escrevo o que sinto, para equilibrar o pensamento!
Nestes últimos dias, já me chamaram príncipe.
Já me expressaram que era um amor!
Já me disseram que não me queriam ver mais.
Já me ofereceram imensos beijos de boa noite.
Já me comunicaram, que as finanças por esta
altura, se lembra de mim.
E já me tiraram o sono, pela loucura de alguém,
em continuar a destruir uma família.
Pelos vistos, os momentos oferecem-me a força
de esperar mais um mês para voltar a abraçar o que tenho de mais valioso.
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