terça-feira, 18 de novembro de 2008

O Dramatismo em Directo Do nosso Futebol


A crise estende-se pelo horizonte do drama e com ela abraça o futebol, empurrando-o para um abismo que perigosamente está a rebentar com as amarras que ainda sustentam a esperança ténue de uma salvação que muitos anseiam, mas poucos (clubes) ainda mantêm.
Os jogadores fartam-se de acreditar nas promessas de dirigentes nascidos para uma vida adequada aos seus perfis, mas que trepam no mundo que anos antes, criou os novos-ricos, emergidos do betão e da têxtil de mão-de-obra barata.
Mas as promessas sistematicamente adiadas com subterfúgios já preparados, deixam de fazer sentido, quando o desespero da falta do dinheiro, fala mais alto levando a tomada de posições extremas para receberem o que um profissional íntegro e cumpridor tem direito devido ao contrato que estipula com determinado clube.
Os jogadores do Estrela da Amadora, extravasaram o seu desespero perante a comunicação social, que desta vez levou a solidariedade ao seu encontro oferecendo o horário nobre das notícias das várias televisões.
Então as boas novas surgiram! Talvez para atenuar as notícias que as televisões, levavam a milhões de portugueses e deixavam esses milhões com a percepção de que valeu a pena levar este drama dos Estrelitas até à exposição mediática. Um mês seria pago no final da semana!
Para quem não recebe desde que a época se iniciou, um mês pode ser a gota para tapar os buracos que já não poderiam ter espaço para remendo.
Mas no dia seguinte o semblante carregado do capitão do Estrela voltava a comunicar rodeado de microfones que o tão necessitado dinheiro foi mais uma vez uma promessa adiada e como o dinheiro não cai do céu, os jogadores partiram junto com o sindicato (que no futebol não tem cores partidárias, penso eu!), para a medida mais drástica o pré-aviso de greve.
Pré-aviso esse, que incluiu o pagamento dos meses em falta dando um prazo de quinze dias, senão os próximos jogos onde o Estrela entra como adversário, terá o impensável: a falta dos jogadores para esses desafios.
Agora todos questionamos!
De onde virá o dinheiro? Do céu não é de certeza absoluta.
Do estado não virá, que o Estrela não é nenhum Banco, nem tinha depósitos no BPN!
Outros clubes estão como o Estrela da Amadora!
Apesar de se saber que devem dois, três, ou mais meses de salários em atraso. Os jogadores ainda não tomaram a posição dos jogadores do Estrela. Vão acreditando nas promessas da direcção dos seus clubes.
Imaginemos só, três ou quatro clubes, dos vários que não cumprem os compromissos com os seus profissionais. Onde os jogadores enveredassem pelo mesmo caminho dos colegas do Estrela.
Seria o caos para o nosso Futebol! Ou do caos nasceria, um novo modelo de gerir o futebol português, com dirigentes competentes, organizações nos clubes altamente profissionais, para vencer no rectângulo de jogo e nos compromissos assumidos com os seus profissionais.
Porque o futebol nunca deixará de existir! Se já conquistamos títulos de campeões da Europa e do mundo, mais cedo ou mais tarde voltaremos a tornar a conquistá-los, demore o tempo que demorar!

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