quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Dia de Hoje


A cidade está deserta!
Chove ferozmente repetidas vezes. Ainda a tarde se inicia e mais se assemelha, ao cair da noite. Tudo devido ao céu estar carregado de nuvens negras, que, quando se tocam trocando mimos tão fortes originam passados uns segundos, a surpresa de um clarão luminoso que arrepia até os mais destemidos. E momentos depois, uma enorme bátega de granizo, cobre o chão pintando-o de branco, surpreendendo quem saí dos abrigos, já que era hora do almoço.
Foram largos minutos de bolas brancas puríssimas, do tamanho no mínimo, da cabeça do polegar do homem das neves. Que caiam umas atrás das outras, de encontro a tudo que as recebiam.
Os automóveis eram os mais atingidos. Alarmes tocavam num estridente gemido, não de assalto, mas de bombardeamentos sucessivos de bolas brancas que batiam sonoramente nos vidros e estrondosamente nas chapas.
Com o impacto, eram projectadas para longe e umas a seguir às outras, formavam lençóis branquinhos, dando a sensação de colchões ortopédicos devido ao designer ondulado que as bolitas de granizo formavam.
Estava tudo branco e perigoso!
Andar calcando estas bolas, dava um certo gozo devido ao seu estalar, dada a pressão do nosso corpo. E assim percorri os vários metros que me levavam ao meu destino.
Enquanto caminhava registei a beleza deste cenário, depois dos minutos de espanto com que o granizo chegou até nós, vindo das alturas da barriga daquelas feias e enormes nuvens.
Foram minutos que deram origem às conversas com que se esgotou a tarde.
A natureza surpreende-nos com momentos inesperados e surpreendentes. Primeiro deixam um manto de possível pânico. Minutos depois mostra-nos a beleza branca com que enfeitou os espaços que calcorreamos diariamente.

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