quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Povo morde a Isca


O povo morde a isca do, fazendo sacrifícios hoje, amanhã colheremos os frutos desse mesmo sacrifício.
Mas o sacrifício que ainda não deu para um balanço concreto do que realmente poderá valer. Já vai criando mossas bem visíveis em grande parte da população.
As notícias vindas a lume não são nada encorajadoras, dado que só se reflectem em mais sacrifícios, mais e mais.
O consumo bate recordes históricos pela negativa.
Come-se muito com os olhos, mas o estômago e a auto-estima, andam pelas ruas da amargura.
O desemprego aumenta, porque não existem soluções para o conter, já que não nascem investimentos para empregar os que engrossam a lista, quanto mais para os que despertam para o mercado de trabalho.
O país não tem recursos para iniciar os grandes investimentos que dariam mão-de-obra a encher milhões de mãos, apesar de durante um largo período se gastarem milhões de euros só em projectos no novo aeroporto e no tão badalado TGV.
Traçou-se projectos. Discutiu-se locais para de uma vez por todas localizar o aeroporto.
Expandiu-se mesmo a loucura de se construir uma nova travessia do Tejo. Eram uns atrás de outros e no final decidiu-se o que era uma gritante realidade: o país estava de tanga. Já não existia manta para cobrir o que quer que fosse.
E assim se gastou milhões e milhões, enchendo os bolsos dos que faziam fica pé no acreditar, no impossível.
Hoje ouvem-se vozes dos banqueiros, que o modelo adoptado a Portugal pela Troica sanguessuga e compadres, não irá resultar. Visto que em outros países, com o mesmo cenário como o nosso, também não resultou, deixando a olhos vistos gravíssimos problemas sociais, pelas medidas entretanto tomadas.
Sem ovos não se fazem omoletes, principalmente quando já não existem ninhos quanto mais galinhas.
Procuram-se soluções desesperadas. Andam inúmeras pessoas só a dedicarem-se a isso.
Mas como já todos choram, muitos, lágrimas de crocodilo. Principalmente os que escondem o dinheiro que fugiu deste país. Ameaçando encerrar empresas e deslocando-se para países onde por uma bucha de pão, se confecciona um blusão. Que pousando cá, custa tanto como encher os seus bolsos em euros.
A fava toca sempre ao mexilhão. E o aperto do cinto que já não tem espaço para mais furos, parecendo degraus de cima para baixo, de tanto serem apertados nestes poucos anos que foi anunciado o crach, que ameaça durar uma era. Poderá ser também servido infelizmente para pendurar quem desistiu em acreditar.
Acreditemos em milagres. Santos existem e foram homens como os de hoje.
Agrupemos todas as energias positivas, que juntas darão boas noticias.
   

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