O povo
morde a isca do, fazendo sacrifícios hoje, amanhã colheremos os frutos desse
mesmo sacrifício.
Mas o
sacrifício que ainda não deu para um balanço concreto do que realmente poderá
valer. Já vai criando mossas bem visíveis em grande parte da população.
As notícias
vindas a lume não são nada encorajadoras, dado que só se reflectem em mais
sacrifícios, mais e mais.
O consumo
bate recordes históricos pela negativa.
Come-se
muito com os olhos, mas o estômago e a auto-estima, andam pelas ruas da
amargura.
O
desemprego aumenta, porque não existem soluções para o conter, já que não
nascem investimentos para empregar os que engrossam a lista, quanto mais para
os que despertam para o mercado de trabalho.
O país
não tem recursos para iniciar os grandes investimentos que dariam mão-de-obra a
encher milhões de mãos, apesar de durante um largo período se gastarem milhões
de euros só em projectos no novo aeroporto e no tão badalado TGV.
Traçou-se
projectos. Discutiu-se locais para de uma vez por todas localizar o aeroporto.
Expandiu-se
mesmo a loucura de se construir uma nova travessia do Tejo. Eram uns atrás de
outros e no final decidiu-se o que era uma gritante realidade: o país estava de
tanga. Já não existia manta para cobrir o que quer que fosse.
E
assim se gastou milhões e milhões, enchendo os bolsos dos que faziam fica pé no
acreditar, no impossível.
Hoje
ouvem-se vozes dos banqueiros, que o modelo adoptado a Portugal pela Troica
sanguessuga e compadres, não irá resultar. Visto que em outros países, com o
mesmo cenário como o nosso, também não resultou, deixando a olhos vistos
gravíssimos problemas sociais, pelas medidas entretanto tomadas.
Sem
ovos não se fazem omoletes, principalmente quando já não existem ninhos quanto
mais galinhas.
Procuram-se
soluções desesperadas. Andam inúmeras pessoas só a dedicarem-se a isso.
Mas
como já todos choram, muitos, lágrimas de crocodilo. Principalmente os que
escondem o dinheiro que fugiu deste país. Ameaçando encerrar empresas e
deslocando-se para países onde por uma bucha de pão, se confecciona um blusão.
Que pousando cá, custa tanto como encher os seus bolsos em euros.
A fava
toca sempre ao mexilhão. E o aperto do cinto que já não tem espaço para mais
furos, parecendo degraus de cima para baixo, de tanto serem apertados nestes
poucos anos que foi anunciado o crach, que ameaça durar uma era. Poderá ser também
servido infelizmente para pendurar quem desistiu em acreditar.
Acreditemos
em milagres. Santos existem e foram homens como os de hoje.
Agrupemos
todas as energias positivas, que juntas darão boas noticias.
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