Quando
amamos alguém, num amor profundo, que roça a alma e apodera-se do coração. Entregamo-nos
totalmente naqueles momentos tão íntimos, tão nossos. Que tudo pára à nossa
volta e o olhar de cada um é o guiar para a plenitude da paixão.
Paixão
poderosa, que une dois corpos num só!
Onde cada
toque, cada beijo, cada impulso é acompanhado por um leve sussurro que aumenta
com o clima da relação. E somos incapazes em nos conter devido à intensidade e
ao fervor dos lábios tocando.
Da boca
falando, porque a boca fala com as partes do corpo onde pousa e sussurra-lhe
palavras misteriosas, mas tão penetrantes que todo o corpo treme, em arrepios
escaldantes, emocionantes, loucos. Terminando em orgasmos impossíveis de
controlar tamanho o prazer que o corpo se encheu. Libertando uma enxurrada
incontrolável que nos deita por terra, num coma extraordinário de duração momentânea.
Ora
um, ora outro. Tocamo-nos, beijamo-nos, penetramos os orifícios do prazer.
Olhos nos
olhos faíscados de ternura, misturada com luxúria.
Olhos no
céu. Seja a dois metros de nós, salpicado de várias cores. Já que a visão está
turva devido à loucura do momento. Ou com o céu azul, lançando o sol radioso
como testemunha, que entra pela janela abrilhantando os corpos suados pela transpiração.
Olhos no
dorso. Numa visão apoteótica onde desfrutamos do auge de uma penetração,
conseguida com o ardor que oferecemos com amor. E caímos no amparo do corpo
ainda dentro dele mesmo, junto à alma, que quase lhe tocamos e no botão dourado
que nos foi oferecido.
E assim
ficamos largos minutos num silêncio profundo. Recuperando de um sonho que se
tornou real, devido ao intenso amor que brota dos nossos corações.
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