Estou cheio de falar do
estado do meu país!
Estou farto até de falar de mim.
Dos políticos nem os posso
ver,
tenho que trabalhar até
morrer!
Enfrento esta realidade
neste mês dos gatos, chato como às sogras, protegendo sempre as filhas, mesmo
sabendo que algumas são como elas!
Mas sem sogra pelo meio e
filha bem longe infelizmente. Saboreio um solinho envergonhado, neste inicio de
tarde que poucas novidades trás, a não ser o descanso bem merecido depois de
uma semana de altos e baixos devido ao tempo, próprio da época.
A semana também trouxe
sonhos que agitaram a minha mente um pouco frágil. Sonhos bem recentes e sonhos
já longínquos, mas que põem em ebulição este corpo fragilizado pela ausência.
Sempre sonhei e sempre vivi
um pouco entre o sonho e a realidade!
Estico o sonho até ao limite,
num bamboar no início do precipício e logo depois a realidade com os pés bem assentes
na terra.
Imagino-me com asas e lá vou
eu juntinho ao cume das montanhas para estar perto dos meus semelhantes e lá
poiso, muitas vezes onde não devo, mas que se há-de fazer. A vida tem destas
coisas e por isso é fantástica. É uma constante adrenalina, contornar os seus
desafios.
Chuto para o lado os calhaus
que bloqueiam-me a passagem e continuo o meu caminho, com ganas de jovem de
sorriso aberto e frases de conteúdo esperto.
Mas sonhar está-me no sangue
e elevo-me pelo seu poder que percorre as minhas artérias e ao chegar ao coração,
este meu órgão carente e vital. Bate a um ritmo infernal, que abro os olhos
esbugalhados, temendo que vá desta para o outro lado.
E quando o sonho se salpica
de realidade nua e crua!
Meu Deus que loucura! Nem
quero que seja pintado como eu imaginava.
E lá estou bem perto da
galeria para expor as minhas pinturas é só seleccionar e dar tempo ao tempo,
porque ainda tenho muitas pedaladas para conduzir o veículo dos meus sonhos e
irei ocupar paredes imensas de quadros como o arco íris, repletos de cor, luz e
beleza.
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