terça-feira, 20 de maio de 2014

De arrepio em Arrepio




Dias de muito calor que levaram toda a gente, a procurar as frescas ao pé da porta e para o sol do mar, a meia dúzia de quilómetros.
Já todo o mundo se despia em arreganhos carnais de fazer ver um cego.
Já toda a gente procurava o bronze para adocicar o morenaço, aos corpos sedentos de toques de quem merece o amor.
Mas foi calor de pouca dura.
A chuva regressou em aguaceiros de respeito.
E num abrir e fechar de olhos os corpos até então despidos de agasalhos. Escondem-se em adereços quentes, tapando a beleza já tão presente.
E os arrepios constantes de um frio irritante, fazem voltar a tristeza de dias ainda bem vivos, de um Inverno tremendamente chuvoso.
Mas a agricultura agora mais do que nunca a sobressair em hortas mesmo citadinas. Abre-se num sorriso enorme como um arco iris de tantas cores, agradecendo estes pingos certeiros que regam os batatais e tantas verduras, não esquecendo os arrozais. Deixando os agricultores felizes, pela poupança divina.
E obrigam a recolher às tocas da invernação, os incendiários do costume. De isqueiro em riste ateando fogo á floresta, mal o calor estendeu-se de costa a costa.
Os entendidos dizem que serão chuviscos intensos até ao fim de semana.
Vai obrigar-nos a recolhermo-nos nas trincheiras de quatro paredes. Já que os trovões são audíveis bem perto em descargas de pôr os cabelos em pé.
Agora já se foi a chuva e nada melhor que ir tomar uma bica e dar duas de treta, para ver como andam as modas.

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