Aqui está o sol e com ele a
beleza que oferece a alegria.
É a festa do lançar as
flores, a quem passa nas Cruzes da euforia.
Os espaços deixam de o ser,
apinhados de automóveis ameaçando canteiros e destruindo os passeios.
Todos querem chegar às ruas
da pequena cidade. Não existe lugar vago, por isso estacionar é o cabo dos trabalhos.
As flores estão por todo o
lado.
São milhares de pétalas e
outras mais, fazendo bela imitação das mesmas que lançadas, oferecem enorme espetáculo.
Todos se regalam. Todos querem
encher as mãos e jogar as flores no primeiro que se encontra a jeito.
Os carros avançam
vagarosamente. Enfeitados a rigor, carregam cestos cheios de flores.
A multidão acotovela-se,
todos querem ver bem de perto o esvoaçar das pétalas em direção aos rostos dos
mais espertos.
Há sorrisos tão próximos que
nem vale a pena confessar a alegria momentânea por maravilhoso espetáculo.
São dezenas de carros. São
contidos os lançamentos. Para chegarem até ao fim do percurso e não ficarem de mãos
vazias.
É a batalha das flores!
Tu lanças eu também o faço.
E nesse vai e vem do lançar.
As flores esbarram-se umas contra as outras e espalham-se num estilhaçar belíssimo
de diversas cores floridas.
O espaço envolve-se num
manto florido. São centenas de metros salpicados de beleza artística, nascida
pelos arremessos excitados do povo entusiasmado.
No final sobra a enorme
passadeira florida onde jazem as pétalas de uma batalha, sem vencedores nem
vencidos. Só a alegria momentos antes sentida.
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