quinta-feira, 1 de maio de 2014

Festa das Cruzes e as Flores




Aqui está o sol e com ele a beleza que oferece a alegria.
É a festa do lançar as flores, a quem passa nas Cruzes da euforia.
Os espaços deixam de o ser, apinhados de automóveis ameaçando canteiros e destruindo os passeios.
Todos querem chegar às ruas da pequena cidade. Não existe lugar vago, por isso estacionar é o cabo dos trabalhos.
As flores estão por todo o lado.
São milhares de pétalas e outras mais, fazendo bela imitação das mesmas que lançadas, oferecem enorme espetáculo.
Todos se regalam. Todos querem encher as mãos e jogar as flores no primeiro que se encontra a jeito.
Os carros avançam vagarosamente. Enfeitados a rigor, carregam cestos cheios de flores.
A multidão acotovela-se, todos querem ver bem de perto o esvoaçar das pétalas em direção aos rostos dos mais espertos.
Há sorrisos tão próximos que nem vale a pena confessar a alegria momentânea por maravilhoso espetáculo.
São dezenas de carros. São contidos os lançamentos. Para chegarem até ao fim do percurso e não ficarem de mãos vazias.
É a batalha das flores!
Tu lanças eu também o faço.
E nesse vai e vem do lançar. As flores esbarram-se umas contra as outras e espalham-se num estilhaçar belíssimo de diversas cores floridas.
O espaço envolve-se num manto florido. São centenas de metros salpicados de beleza artística, nascida pelos arremessos excitados do povo entusiasmado.
No final sobra a enorme passadeira florida onde jazem as pétalas de uma batalha, sem vencedores nem vencidos. Só a alegria momentos antes sentida.



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