quarta-feira, 21 de maio de 2014

Este país é um Deserto



Como a fé move montanhas, recorremos a ela como a tábua de salvação, para todos os males que nos apoquentam.
Porque uma pessoa sem fé é como pregar no deserto.
Um deserto terrivelmente árido, onde o desfalecimento precoce é a certeza absoluta.
Este país é um deserto!
Um deserto de oportunidades.
Imensamente seco para de lá brotarem as oportunidades que dariam a vida florida, aos caminhos do futuro.
Um deserto de ideias.
Temos crânios, temos energia. Mas falta-nos a alegria, porque sentimos este país encorricado numa velhice abafada. Com cheiro a casa encerrada para fazer emergir todas as nossas potencialidades.
Um deserto de dívidas.
Endividado pelas imensas areias movediças que se perlongam por anos a fio. Tantos, quantos, esta geração terá que caminhar sem fim á vista.
Um deserto de oportunistas.
Sim imensos! Tantos, que fazem a única sombra que podemos encontrar no poiso estéril do nosso caminho.
Um deserto de nascimentos.
Sem crianças o futuro de um país é amortalhado no rastejar do passo dos idosos. Sem eira nem beira, já que se sujeitam ao desamparo do Estado e desfalecem numa angústia isolada, depois de tudo oferecerem às gerações que hoje os abandonam.
Um deserto de políticas que não surgem dos numerosos políticos.
Sem confiança dos portugueses. Porque são educados para prometerem o que sabem que nunca será posto em prática. Originando uma desconfiança sem precedentes, neste preciso momento.
É este o cenário que no domingo seremos chamados a avaliar!

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