Como a fé move montanhas, recorremos a ela
como a tábua de salvação, para todos os males que nos apoquentam.
Porque uma pessoa sem fé é como pregar no
deserto.
Um deserto terrivelmente árido, onde o
desfalecimento precoce é a certeza absoluta.
Este
país é um deserto!
Um deserto
de oportunidades.
Imensamente
seco para de lá brotarem as oportunidades que dariam a vida florida, aos
caminhos do futuro.
Um deserto
de ideias.
Temos
crânios, temos energia. Mas falta-nos a alegria, porque sentimos este país encorricado
numa velhice abafada. Com cheiro a casa encerrada para fazer emergir todas as
nossas potencialidades.
Um deserto
de dívidas.
Endividado
pelas imensas areias movediças que se perlongam por anos a fio. Tantos, quantos,
esta geração terá que caminhar sem fim á vista.
Um deserto
de oportunistas.
Sim imensos!
Tantos, que fazem a única sombra que podemos encontrar no poiso estéril do
nosso caminho.
Um deserto
de nascimentos.
Sem crianças
o futuro de um país é amortalhado no rastejar do passo dos idosos. Sem eira nem
beira, já que se sujeitam ao desamparo do Estado e desfalecem numa angústia
isolada, depois de tudo oferecerem às gerações que hoje os abandonam.
Um deserto
de políticas que não surgem dos numerosos políticos.
Sem confiança
dos portugueses. Porque são educados para prometerem o que sabem que nunca será
posto em prática. Originando uma desconfiança sem precedentes, neste preciso
momento.
É este
o cenário que no domingo seremos chamados a avaliar!
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