A noite respirava frescura, envolvida num
manto espirituoso e amoroso.
Embalada pelas canções do Pedro Abrunhosa,
enlaçado a uma loira carinhosa.
Foi lindo!
O homem levou-nos a
sentir sensações e desejos talvez já adormecidos.
Ele cantava a noite, como tão bela foi a
noite.
Ele empurrava a multidão a expressar o amor,
por entre olhares comprometedores e segredos ao ouvido. Acabando com o cabelo
humedecido pelos lábios cobiçosos.
É poeta cantor e escreve sobretudo de amor. E
quem escreve e canta sobre o amor, encanta a plateia enlaçada nesse ardente
calor.
Incensou a escuridão. De luz e felicidade.
Secou os lábios numa sede lírica. Abertos por
velhas músicas conhecidas.
Cantamos todos! Da esquerda á direita, em
frente ou atrás. Todos bailado os corpos majestosamente, matando saudades tão
presentes. Por entre ais cúmplices numa festa luminosa pelas velas briosas.
Há momentos, que o momento obriga, a embalar
as mãos ao ritmo de cada canção.
Que noite!
Dou por mim a dançar ainda
encostado a ti. Não sei porquê sinto-te nas minhas costas.
A noite ainda me oferece os
desejos, ainda bem presentes.
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