sábado, 21 de junho de 2014

Não faço mal a uma Mosca




Não sei como lhe chamam. Nem sei como aqui chegou. Só sei que me fez companhia, enquanto abria uns buracos no betão ainda claro, já que não havia muito tempo que lá foi colocado.
Nenhum barulho o incomodava.
Toquei-lhe ao de leve. Balançou um pouquinho, mas recuperou a posição e deixei-o em paz e retomei a minha tarefa desse dia.
Não faço mal a uma mosca. Por isso nem só as moscas procuram a minha presença como companhia.
 Mesmo sendo ocasional, já são inúmeros os casos da bicharada me encontrar atravessado no seu caminho. Ou eles no meu!
Estou em querer que esperava a noite para, então sim! Abrir as asas e voar pelo túnel sem fim!


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