A montanha é ingreme, todo verdejante. Dá a
sensação de um tapete verde, desafiando corajosos, a deixarem as marcas das
botas vem vincadas no seu declive.
No início do lado direito, passam os fios que
transportam a eletricidade apoiados em enormes torres. Com o avanço da distância
galgam o monte, consoante o sobe e desce do terreno.
Pelo meio atravessa uma estradita. Vejo um
jipe todo terreno, rolar calmamente.
Não sei para onde se dirige, não vislumbro
casebre algum.
Mais á minha esquerda, observo cavalos
pastando empinados. Imagino como lhes deve custar subir a montanha. Mas a erva
é tao apetitosa, supera o esforço despendido.
Espaçadamente surge uma tira de árvores, duas
a par uma da outra. Sobem o monte e estendem-se ao comprido. Formando um el ao contrário.
Hei! Descobri a casa.
No meio dessas árvores bastando-me inclinar
para a minha direita.
Lá está, com metade de uma árvore servindo de
cobertura. Um guarda-sol gigante, cobrindo parte da casa, simples e
acastanhada.
E no início, bem no começo está o túnel!
O túnel percorre a imensidão da montanha, que
nem sei onde termina.
Inclinando um pouco a cabeça (já dei voltas e
mais voltas á posição inicial do meu corpo), descubro a ponte que atravessa o
vale e passa por cima das nossas cabeças, quando percorremos a estrada. E mais
uns tempos, vai de encontro á boca do túnel.
Uma colina belíssima, cheia de verde e
animais pastando como obra e graça da natureza.
Um túnel que a perfurou, fazendo nascer a
estrada de braços abertos para num raio de comboio rápido, aproximar toda esta
gente de três regiões num abrir e fechar de olhos.
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