sábado, 8 de novembro de 2014

O meu Jardim





No horto onde colho o teu corpo.
O meu jardim dos pés à cabeça.
Onde solto pétalas para te oferecer um adorno enorme, trepando em ziguezague nesse corpo curvilíneo, qual Cleópatra. Agradando ao Faraó dono e senhor dos jardins do olimpo.
São rosas, tulipas, antúrios, papoilas e belas flores silvestres.
Soltando um aroma de desejos irresistíveis que me levam a desflorar as entranhas da desbravada semente humana.
Lá, encaminho-me para a estufa rolante.
No canto mais abrigado procedo aos enxertos que libertam a semente, por ti amorosamente acolhida.
Imensas flores que povoam o meu jardim.
Transportam candeeiros florescentes. Iluminando as nossas silhuetas, meias despidas devido ao enlevo despendido.   
Seja ainda com o dia a pairar a altas horas. Seja com a noite a chegar com o encolher do dia no inverno.
No horto onde colho o teu corpo!

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