No horto onde colho o teu corpo.
O meu jardim dos pés à cabeça.
Onde solto pétalas para te oferecer um adorno
enorme, trepando em ziguezague nesse corpo curvilíneo, qual Cleópatra.
Agradando ao Faraó dono e senhor dos jardins do olimpo.
São rosas, tulipas, antúrios, papoilas e
belas flores silvestres.
Soltando um aroma de desejos irresistíveis que
me levam a desflorar as entranhas da desbravada semente humana.
Lá, encaminho-me para a estufa rolante.
No canto mais abrigado procedo aos enxertos
que libertam a semente, por ti amorosamente acolhida.
Imensas flores que povoam o meu jardim.
Transportam candeeiros florescentes. Iluminando
as nossas silhuetas, meias despidas devido ao enlevo despendido.
Seja ainda com o dia a pairar a altas horas. Seja
com a noite a chegar com o encolher do dia no inverno.
No horto onde colho o teu corpo!
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