A manhã está aborrecidamente fria.
Mas transporta a esperança de um sol
saboroso, que irá ser a bênção deste domingo.
Levantei-me cedo, porque cedo fui para a cama.
E ainda o sol rompia os últimos vestígios da noite, já eu espreitava pela
janela o que me esperava para além dela.
Já
tomei dois cafés e ainda o dia é uma criança.
Vou viajar no tempo, recordando alguns
momentos e sonhando com o que me leva a trilhar o comboio da esperança.
Depressa sinto o corpo quentinho pelo prazer
deste sol de inverno. E aguardo pacientemente pelo que me espera, para lá do
rio.
São só uns minutos e logo mais, passarei a
ponte para encontrar a outra margem.
Estou certo que para além da maravilha deste
sol, contemplarei a conquista da verdade.
Encontrei-me de facto com a calma do mar e as
restantes horas que o sol aquecia quem a ele se entregava.
Confessei-lhe decisões dolorosamente tomadas,
depois de tanto bradar aos céus, ajuda para fazer valer as minhas mais que
fundadas razões.
Por cada onda que rebentava suavemente,
amaciando a areia para depois regressar ao local da estirada. Era-me segredado
que já nada havia para ser feito a não ser esperar que voltasse ao seu juízo
perfeito.
E de juízo em juízo, onde a muitos falta e a
outros escapa. Recebo uns mimos natalícios que me adoçarão a boca, libertando
incentivos que terminaram em alívios.
O mar é bom conselheiro.
O sol aquece as emoções.
O robalo dá lugar à dourada.
A cerveja é transformada em fino.
A tarde termina ao frio, depois de momentâneos
arrepios.
Não me posso queixar de monótono domingo e
segunda, é de novo domingo.
Sem comentários:
Enviar um comentário