segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Para aquecer procurar o Sol





A manhã está aborrecidamente fria.
Mas transporta a esperança de um sol saboroso, que irá ser a bênção deste domingo.
 Levantei-me cedo, porque cedo fui para a cama. E ainda o sol rompia os últimos vestígios da noite, já eu espreitava pela janela o que me esperava para além dela.
 Já tomei dois cafés e ainda o dia é uma criança.
Vou viajar no tempo, recordando alguns momentos e sonhando com o que me leva a trilhar o comboio da esperança.
Depressa sinto o corpo quentinho pelo prazer deste sol de inverno. E aguardo pacientemente pelo que me espera, para lá do rio.
São só uns minutos e logo mais, passarei a ponte para encontrar a outra margem.
Estou certo que para além da maravilha deste sol, contemplarei a conquista da verdade.
Encontrei-me de facto com a calma do mar e as restantes horas que o sol aquecia quem a ele se entregava.
Confessei-lhe decisões dolorosamente tomadas, depois de tanto bradar aos céus, ajuda para fazer valer as minhas mais que fundadas razões.
Por cada onda que rebentava suavemente, amaciando a areia para depois regressar ao local da estirada. Era-me segredado que já nada havia para ser feito a não ser esperar que voltasse ao seu juízo perfeito.
E de juízo em juízo, onde a muitos falta e a outros escapa. Recebo uns mimos natalícios que me adoçarão a boca, libertando incentivos que terminaram em alívios.
O mar é bom conselheiro.
O sol aquece as emoções.
O robalo dá lugar à dourada.
A cerveja é transformada em fino.
A tarde termina ao frio, depois de momentâneos arrepios.
Não me posso queixar de monótono domingo e segunda, é de novo domingo.

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