quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Já tenho idade para ter Juízo




O amor rasga-me o coração.
De unhas afiadas de tanta raiva .
Que fiz eu para o merecer.
Quando só peço, para o sangue livremente correr.

Procuro um sorriso bem conhecido.
Que se esconde nos canaviais do meu caminho.
Trespasso-os com a catana afiada,
para abrir uma nesga iluminada.

Já tenho idade para ter juízo.
Mas para sentir o amor, nunca necessitei de BI.
Desde miúdo, tremia só de me aproximar.
Das emoções que o amor emanava.

É fabuloso, o amor não escolher raças.
É negro, amarelo e de um branco imaculado.
Oceanos, desertos e o mais escuro da vida.
Não são túmulos para o amortalhar.

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