A temperatura baixou e o agasalho apareceu.
Ainda no domingo estavam trinta e alguns
graus, num dia de procurar a sombra das árvores e logo depois, já desejava o
agasalho porque treze graus era o que registava os termómetros desta região.
As previsões são péssimas. O Inverno caminha
a passos largos deixando o Outono enterrado na penumbra dos montes.
Adivinho um Inverno de gelar os ossos, por
isso à que pôr trancas às portas para obrigar o frio atrevido a encontrar outro
caminho.
E o Setembro ainda agora entrou!
E eu há dois meses que aqui estou, ansioso
por uma fugida tentando apanhar o sol que sei, enche o meu país de norte a sul.
Vivo de promessas em chegar à minha terra.
Foi na semana que passou, seria nesta que
agora findou e provavelmente ficará a promessa, de finalmente acontecer na próxima
que ainda nem se iniciou.
Às tantas, só com o Natal bem perto é que
levo as prendas já descobertas.
Reparto a casa com quatro. Mas hoje estou só.
Em muitas ocasiões mais vale só que mal
acompanhado, o que assenta que nem uma luva neste sábado de frio e chuva.
Adoro o sol e todo o seu esplendor. Aquece a
alma e amolece o coração.
O sol alimenta o desejo e fortalece o sorriso
de quem ainda tem espasmos em o expandir.
Mas faça sol ou chuva, o importante é
continuar a seguir o caminho da alegria e ir ao encontro, de quem me espera com
saudades que transbordam estes corpos ansiosos por se encontrarem e unirem-se
num abraço que nunca irá terminar.
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