domingo, 13 de setembro de 2015

Fazemos uma festa quando um ditador é Derrubado






Nós, o povinho, fazemos uma festa quando um ditador é derrubado e melhor de tudo, quando paga pelos seus crimes.
Só que hoje os ditadores são derrubados quando os interesses dos poderosos (muito mais ferozes que os ditadores que nós aplaudimos quando derrubados), assim o entendem.
Basta ver o ditador Kadhafi. Foi corrido a murro e pontapés, o seu cadáver passeado a rastos pelas ruas da capital e o mundo dando graças a Deus por mais um, ter ido para o inferno.
Passados uns tempos ainda bem recentes, a Líbia país que Kadhafi, governava com mão de ferro. É um país sem rei nem roque e o povo outrora vitorioso pela morte do ditador, foge a sete pés pelas saídas do país sem amarras, rumo a uma Europa tão perto que todos oferecem o que têm e não têm, para fugir de dezenas de ditadores que assumiram o lugar do morto.
 A Europa chorando lágrimas de crocodilo, pelas atrozes mordidelas que o povo líbio tem recebido, acolhe-os de braços abertos nas casas que os países europeus retiraram ao seu povo, por via do flagelo social impôs-to cá no velho continente.
Perante isto é dizer: Nós cá dentro olhamos para os de fora, oferecendo-lhes o cabaz de Natal ainda longe. Esquecendo-nos dos que cá estão, cravados nas entradas dos prédios e nas estações do metro e……
Dizer dos Líbios é o mesmo que dizer dos Sírios.
E no meio de tantos refugiados, juntam-se os terroristas que vão escurecer a Europa acolhedora e minha nossa senhora do alívio, vai ser um inferno para quem estiver no local errado e na hora errada.
Aprender a viver neste mundo hipócrita que o homem teima em perpetuar. É mais terrível do que viver ao lado de um presumível suicida.
Porque pela via dessa hipocrisia, somos levados a temer tudo e todos e com toda a certeza, vamos morrendo aos poucos, numa morte lenta e horrenda.

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