Sonhei que voltava a amar-te
Depois de me violentares o rosto
Ainda com as mazelas vincadas
Perdoei o meu próprio desgosto
Surgiste do escuro da noite
Armada com um punhal afiado
Trespassaste o meu peito com raiva
Desfaleci com essa imagem
Momentos depois ressuscitei
Lançando piropos a um anjo
Repreendeu-me das minhas blasfémias
Lembrando-me ser o meu anjo da guarda
Acordei banhado em suor
Corri a levantar o estore
Levei com o dia já alto no rosto
Convenci-me que não existia qualquer desgosto
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