Voltei, já passou uma semana. Trazia no rosto
o sorriso do último dia, belo e simples como me caracteriza.
Lanchei abraçado a um sorriso. Nas mesmas
cadeiras que o descobri faz algum tempo que o mesmo tempo não apaga. Ainda a
tarde era fresca como a ternura desse olhar que não me largava um minuto. Olhar
que sentia o fim de uns dias e a volta da solidão de meses a fio.
Sentíamos vontade de passear! Passear nos
braços um do outro, aproveitando a últimas horas de umas férias que se
esfumavam como o sol, abrindo-se quando as nuvens negras davam uma nesga.
Fomos às compras no híper da vila e lá
compramos as necessidades para os próximos dias.
Passeamos pelo centro cheio de gente e como a
barafunda da hora de jantar era imensa, resolvemos saciar a fome do alimento. Já
que a do momento ainda tinha tempo para estilhaçar no nosso canto secreto.
Resolvemos ir ao cinema, numa de poiso
amoroso e ver o filme da quadra, “Ressurreição”!
Adoro estes filmes que retratam a vida de
Cristo antes e após a ressurreição. E não tardou que me embrenhasse na tela
amarelada do deserto e nas roupas suadas de pó e fé dos apóstolos.
Era segunda-feira de Páscoa e segundo rezam
os mandamentos, Cristo tinha ressuscitado e procurava sossegar os discípulos
que se tornariam os seguidores de uma doutrina que mudou a fé no mundo.
Fim do filme, despregar os olhos da tela e
elevá-los para a minha Cinderela.
A noite já ia longa numa tarde que se tornou
magnifica. E como a hora das despedidas são dolorosas como guilhotinas,
deixamo-nos consolar pela lua cheia, que nos mantinha presos à teia.
Por fim, chegou o fim de umas férias que hoje
passados oito dias, deixam marcas e pesadelos!
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