domingo, 10 de abril de 2016

Regresso leve e Revigorado




Manhã fresca e silenciosa, ouvindo a água correr no rio como os meus passos que a acompanha ao longo das suas margens pelo passeio, que serpenteia o canal onde o trem retomou a sua marcha de dez em dez minutos.
Inspiro esta tranquilidade, esta paz, que procuro incessantemente nos recantos onde se cruza a natureza tão perto do balburdio da civilização rotinada e sou agraciado pelas aves aquáticas que se banham no leito deste rio.
 Garças esperando pacientemente como estátuas, perfiladas sob as pedras descobertas pelo reduzido caudal, que algum peixe descuidado passe na sua área.
Patos às dezenas num corrupio rio acima, rio abaixo procurando a comida num mergulho ininterrupto realçando a beleza da sua plumagem e dando um colorido maravilhoso á paisagem magnífica.
O povo ainda descansa de uma noite farta de luz e dança. De copos a transbordar as lembranças e de engates para consolar a ânsia. Outros acomodam-se ao descanso nos recantos onde revivem momentos e consolam as saudades em intermináveis conversas que, as tecnologias os levam bem perto da presença física de alguém que os identifica.
Duas horas depois de uma caminhada a inspirar o ar que me limpa as maldades ao organismo, já cansado de tanto consumismo doentio. Regresso leve e revigorado, para preparar o almoço ainda com condimentos trazidos das férias e o bacalhau é rei no forno que já empesta um odor apetitoso aos quatro cantos da casa.

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