Manhã fresca e silenciosa, ouvindo a água correr
no rio como os meus passos que a acompanha ao longo das suas margens pelo
passeio, que serpenteia o canal onde o trem retomou a sua marcha de dez em dez
minutos.
Inspiro esta tranquilidade, esta paz, que
procuro incessantemente nos recantos onde se cruza a natureza tão perto do
balburdio da civilização rotinada e sou agraciado pelas aves aquáticas que se
banham no leito deste rio.
Garças
esperando pacientemente como estátuas, perfiladas sob as pedras descobertas
pelo reduzido caudal, que algum peixe descuidado passe na sua área.
Patos às dezenas num corrupio rio acima, rio
abaixo procurando a comida num mergulho ininterrupto realçando a beleza da sua
plumagem e dando um colorido maravilhoso á paisagem magnífica.
O povo ainda descansa de uma noite farta de
luz e dança. De copos a transbordar as lembranças e de engates para consolar a ânsia.
Outros acomodam-se ao descanso nos recantos onde revivem momentos e consolam as
saudades em intermináveis conversas que, as tecnologias os levam bem perto da
presença física de alguém que os identifica.
Duas horas depois de uma caminhada a inspirar
o ar que me limpa as maldades ao organismo, já cansado de tanto consumismo
doentio. Regresso leve e revigorado, para preparar o almoço ainda com
condimentos trazidos das férias e o bacalhau é rei no forno que já empesta um
odor apetitoso aos quatro cantos da casa.
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