Há quatro anos sentia a ansiedade enorme em
regressar e viver o Natal junto com os meus queridos, depois de forçosamente “fugir”
para tão longe que me estava a despedaçar o espírito.
Já levava três meses longe de casa. Eu, que
nunca me tinha ausentado do lar, vivendo rodeado da família como uma mãe
galinha.
Por vezes me isolava do mundo só para
enriquecer os abraços familiares, porque tinha o que me fazia feliz e buscava
constantemente o conforto para quem partilhava o meu ninho.
Há quatro anos ainda labutava por terras
cobertas de neve e tão duras que endureciam o meu corpo como um cadáver já
frio.
E os dias não passavam para regressar e viver
o Natal junto do seio familiar.
Hoje o Facebook recorda-me esse dia e
“obriga-me” a recordar um martírio vivido num isolamento nocturno, onde deixava
brotar umas lágrimas que amoleciam as faces ainda virgens da dureza da vida.
Hoje sinto as mesmas sensações!
Mas já em casa, para absorver diferentes
emoções.
Hoje o Natal deixou de ter os sorrisos
antigos. Deixou de se revestir de laços coloridos para identificar os petizes.
Mas
continua rodeado de magia!
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